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Edge Data Centers: o futuro na era do 5G e IoT

O mercado de edge data centers e data centers em geral continua apresentando, no mundo inteiro, um crescimento veloz, à medida que cada vez mais empresas preferem adquirir computação como serviço ao invés de investir em instalações de sua propriedade. Os investimentos para construir data centers, incluindo os edge data centers, estão subindo de US$ 230 bilhões em 2023 para US$ 775 bilhões em 2034, a uma taxa de quase 12% ao ano, segundo uma pesquisa da consultoria Precedence Research.

Dentro desse total há um segmento que chama a atenção, tanto pela velocidade quanto pela importância. O dos data centers de borda ou edge data centers, no qual foram investidos US$ 139 bilhões em 2019. No ano de 2026, porém, é esperado que sejam investidos US$ 317 bilhões em edge data centers, segundo um estudo da empresa britânica de real state Jones Lang LaSalle (JLL), publicada no dia 31 de Julho.

Há pelo menos cinco fatores que impulsionam a necessidade de construção desse tipo de data center. O primeiro é a quantidade de aplicações que se tornaram possíveis com a chegada da quinta geração de telefonia móvel, a 5G. Mas as consultorias especializadas em tecnologia da informação citam também a grande proliferação de dispositivos de Internet das Coisas (IoT), os streamings de vídeos para as aplicações de realidade virtual e aumentada, a progressiva implantação de SDR (redes definidas por software) e virtualização de funções de rede (NFV). E, finalmente, é necessário atender ao infinito crescimento do volume de dados de todos os tipos, armazenando, tratando e processando-os sem sobrecarregar os data centers tradicionais.

A necessidade de processamento em tempo real

Aplicações como os carros autônomos ou como os jogos multiplayer com realidade virtual são apenas dois exemplos das aplicações que podem se beneficiar dos edge data centers. O processamento dos dados dessas aplicações não pode esperar uma viagem até um data center distante, pois o aumento da latência degrada o serviço e a experiência do usuário. Os dados precisam ser processados em data centers mais próximos das pessoas, carros e dispositivos, garantindo uma experiência compatível com o serviço ofertado. Além disso, sem os edge data centers o volume de dados sem dúvida sobrecarregaria a maioria das redes nos data centers tradicionais. Dificultando todas as outras operações.

Eles fazem parte de uma tendência global de distribuir a computação, de modo que parte dela possa acontecer inclusive nos dispositivos. Algumas câmeras disponíveis no mercado já trazem até mesmo recursos de inteligência artificial. Para processar imagens e responder ao usuário sem a necessidade de trocar dados com dispositivos em redes remotas.

O papel dos Edge Data Centers na computação distribuída

O conceito de computação distribuída, proporciona uma estrutura computacional em círculos concêntricos, na qual o papel central é dos grandes data centers corporativos. Nos círculos que vão se desenvolvendo em torno deles, outros círculos vão surgindo. Um formado somente de hubs regionais, por exemplo. Outro de data centers metropolitanos. Outro de edge data centers. E na borda, ou círculo final, os sensores e dispositivos. É uma abordagem em camadas, que afinal proporciona, ao mesmo tempo, flexibilidade, escalabilidade e um processamento de dados eficiente.

Além da alta velocidade de processamento e de entrega de informações para as aplicações, a utilização de edge data centers permite às organizações otimizar os seus recursos de rede, evitando assim congestionamentos e, consequentemente, reduzindo despesas. Além disso, o fato de que os dados das aplicações estão distribuídos em vários data centers também favorece a segurança e a continuidade dos negócios. Um incidente poderá atingir parte dos dados mas não todos eles.

Integrando recursos de IA, IoT e 5G, é possível também, para a computação de borda, agregar valor aos negócios. Não só reduzindo as cargas de trabalho dos data centers tradicionais, como também otimizando redes e serviços, e proporcionando soluções flexíveis.

Planejamento estratégico para a computação de borda

Apesar de todas as vantagens serem óbvias, adotar edge computing exige planejamento cuidadoso e feito por especialistas. Para fazer a escolha estratégica certa sobre como abordar essa tecnologia e selecionar os mercados e aplicações apropriados, as empresas devem pesquisar no mínimo cinco questões, indica a consultoria PwC.

A primeira é a rapidez com que a tecnologia e as tendências de mercado atingem os negócios da empresa. Sendo que as tendências trazidas pelo 5G e pela IoT, por exemplo, causam impacto primeiramente nos mercados mais desenvolvidos, como o norte-americano e o japonês. A segunda questão envolve olhar para a concorrência. Se os concorrentes ainda não estão usando edge data centers, a empresa tem uma evidente oportunidade de assumir a liderança nesse campo.

A consultoria coloca como questão também as cadeias de valor trazidas por essas inovações. Como elas irão se encaixar nos modelos de negócio atuais e futuros? O custo é a quarta questão, a empresa precisa planejar para descobrir o custo de construir, manter, administrar e proteger uma rede geograficamente dispersa de edge data centers. E por fim, vale descobrir se existem oportunidades de receita adicionais para a empresa desenvolver e prestar serviços gerenciados por meio dos edge data centers.

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